Principais Insights do Webshoppers 2018

Highlights do E-commerce Brasileiro

Você já sabe quais as principais tendências para o E-commerce em 2019? Separamos e comentamos sobre informações mais importantes do principal relatório de e-commerce do Brasil: o Webshoppers! Veja a seguir os principais tópicos que vamos abordar neste artigo!

  • E-commerce e E-consumidores em alta no período pós crise;
  • Baixo crescimento do tíquete médio seguindo uma inflação mais branda;
  • Dispositivos móveis cada vez mais frequentes como canal de compra;
  • Consumidor com média de idade de 43 anos, mas com público jovem aparecendo mais depois da crise econômica;
  • Renda familiar mensal do cliente de R$ 6.475, com alta participação das classes C, D e E;
  • Forte expansão do comércio eletrônico na região Sul do país;
  • Redução na média de parcelamento e aumento de pagamentos feitos à vista;
  • Decoração, Eletrodomésticos, Eletrônicos, Esporte e Lazer, Informática, Moda, Saúde e Telefonia como setores de destaque no varejo virtual;
  • Omnichannel como fórmula de sucesso para a logística;
  • Greve dos caminhoneiros afetando em 20% do potencial de venda;
  • Digital Commerce em alta expressiva, faturando o dobro do E-commerce.

Webshoppers? Ebit? O que são? Onde vivem? Do que se alimentam?

O Webshoppers é um estudo de mercado do e-commerce brasileiro realizado todo semestre pela Ebit desde 2001. Nele são expostas algumas características do setor, como público alvo, faturamento, ticket médio e categorias mais vendidas.

A Ebit é uma empresa do grupo Nielsen (companhia global de mensuração e análise de dados) que estuda a evolução do varejo digital desde 2000, sendo uma das maiores referências quando o assunto é e-commerce.

Mais de 30 milhões de avaliações de consumidores já foram coletadas em mais de 25 mil lojas virtuais conveniadas não só no momento da compra, como também no momento da entrega e em tempos depois para estudar o uso do produto.

As análises não se limitam aos consumidores apenas! A Ebit avalia suas lojas online conveniadas por meio de uma certificação que pode contribuir com aumento de tráfego, conversão e SEO.

Os selos variam de bronze a diamante, dependendo de quesitos como segurança, entregas dentro do prazo, probabilidade de consumidores voltarem a loja e quantidade de avaliações relacionadas à compra e à entrega.

Ao final de cada ano, é realizado o Prêmio Ebit, o mais tradicional do e-commerce, que visa reconhecer as lojas online que tiveram um desempenho de destaque. Cada ano são escolhidas algumas categorias, como melhores plataformas, executivos, lojas diamantes, dentre outras.

Entenda o público da sua loja online!

Entender as características e as tendências do público do seu comércio eletrônico é essencial para ter um bom resultado!

Tendências dos dispositivos móveis

O primeiro insight diz respeito ao canal de compra e a tendência de alta do mobile commerce, a venda via dispositivos móveis.

Na metade de 2018, 32% das transações do e-commerce foram realizadas por smartphones ou tablets.

Comparando com o mesmo período de 2017, o m-commerce teve um faturamento e um número de pedidos 30% e 41% maior, respectivamente.

Já o tíquete médio teve uma baixa de 7%, ficando 11% mais barato do que o preço médio em compras com computadores e notebooks.

Observando o gráfico histórico fica claro o quanto os dispositivos móveis vêm ganhando força ao longo dos anos.

A tendência é explicada pelo crescimento do mercado de smartphones e tablets e pelo aumento do acesso à internet no Brasil, fator esse que contribui para que mais consumidores realizem compras no varejo digital.

Aumento de consumidores totais

No semestre foram observados 27,4 milhões de consumidores, uma alta de 7,6% em relação à metade de 2017. No comparativo YoY, os últimos dois anos tiveram um forte expansão de dois dígitos.

Expansão da participação do Público Feminino

No período, o público feminino teve maior participação no volume de compras deste setor, assim como as pessoas com mais de 35 anos. A média de idade do cliente do varejo virtual foi de 43 anos.

Como o histórico de gênero não apresentava grandes insights, os valores ficavam sempre oscilando perto de 50%, não fizemos uma análise em cima dele.

Dados por Faixa Etária

Já o gráfico de faixa etária, conclui como que nos anos de crise, o consumo diminui entre os jovens, um público com menor renda, e como isso vem mudando desde o ano passado com a redução da média de idade.

Faixas de Renda, Classe Social e Regiões do Brasil

Neste semestre, os consumidores das classes de menor renda possuíram maior participação, especialmente as classes C e D, somando aproximados 80% do total.

A renda média familiar ficou em R$ 6.475.

O mesmo percentual de participação tomou conta das regiões mais desenvolvidas do país, Sudeste e Sul, onde a renda média é maior entre as famílias.

A evolução da renda familiar nos mostra que nos anos de crise o público de menor renda (e de maior participação) ficou com mais dificuldade de ir às compras, tendência essa revertida no pós-crise.

Na análise regional, estados do Sul e do Nordeste aparecem com participações crescentes desde 2016. Destaque para o aumento de 1,8 milhões de pedidos sulistas na metade do ano.

Formas de Pagamento: À Vista ou Parcelado?

Finalizando a análise de público, nota-se uma mudança na forma como os consumidores pagam suas compras online, deixando claro o aumento do pagamento à vista e a redução do parcelamento.

Mas esse tal de e-commerce, fatura mesmo? O que vende mais?

Tíquete Médio, Volume de Vendas e Faturamento

O ano de 2017 nos mostra uma recuperação ainda lenta com alta de 8%, um faturamento de R$ 47,7 bilhões e um volume de 111,2 milhões de pedidos.

A primeira metade de 2018 já mostrou uma expansão de 12%, esperada até o final do ano, resultando em R$ 53,4 Bilhões faturados e 120 milhões de pedidos.

O tíquete médio dos produtos vendidos vem em crescimento baixo, mas que é reflexo da inflação que vivemos atualmente.

Categorias com mais vendas

Uma análise por setor dentro do e-commerce, nos permite entender quais categorias vendem mais e quanto elas vendem.

Em número de pedidos, os setores mais procurados foram saúde, moda, decoração, eletrodomésticos e telefonia.

Quando se trata de volume financeiro, os setores de telefonia, eletrodomésticos, eletrônicos, informática e decoração se destacaram.

Analisando o crescimento no período, os destaques foram Esporte e Lazer, Eletrônicos, Decoração e Saúde.

Ah, mas se for pra falar de finanças e de e-commerce, tem que falar de logística!

De fato, a logística diz muito sobre a operação de um comércio eletrônico, impactando diretamente a satisfação do cliente, e portanto, as vendas da empresa.

Preço do Frete

Se tratando do preço do frete, é interessante notar como sua gratuidade vinha caindo nas maiores lojas virtuais na busca por melhores resultados financeiros

Depois, percebe-se uma inversão com o crescimento do Marketplace, já que nesse mercado cheio de fornecedores e produtos, deixar de pagar pelo transporte é um forte argumento para ganhar um cliente.

Prazo de Entrega

No que diz respeito ao prazo de entrega e à satisfação do cliente, podemos observar que o omnichannel aparece ganhando espaço.

O termo significa a convergência dos canais utilizados pelas empresas, ou seja, a integração das vendas entre lojas físicas e virtuais com o consumidor final.

A pesquisa da Ebit nos indica que os 10% dos pedidos foram retirados na loja física tiveram os melhores níveis de satisfação, pois os clientes podem satisfazer suas necessidades onde e quando desejar, no momento mais confortável.

Mesmo com uma taxa de atraso menor que as transportadoras privadas, os Correios possuíram um nível de satisfação muito baixo. Acredita-se que seja por conta da falta de diferenciação de produtos entregues.

E a Greve dos Caminhoneiros?

Também é interessante notar o impacto negativo da greve de caminhoneiros nos resultados de 2018, já que o número de atrasos disparou, enquanto que as vendas despencaram.

Os dados capturados pela Ebit indicam prejuízos de R$ 407,2 milhões no setor, ou seja, 20% do potencial de venda nesse período.

Extra! Extra! Digital Commerce e sua alta expressiva

O que é Digital Commerce?

Antes de mais nada, vamos “colocar os pingos nos is”. Afinal, o que é o digital commerce?

Sua principal diferença é que toda a jornada da compra vai ser influenciada por um canal digital, ou seja, não há influências de lojas físicas, o consumidor viabiliza a compra em qualquer hora e lugar, enquanto que no comércio eletrônico basta que a mesma seja realizada por um aparelho eletrônico.

Destaques do Digital Commerce

Foram três áreas estudadas no Webshoppers 38, os Marketplaces (B2B e C2C), o Turismo e os Ingressos de shows, cinemas e eventos esportivos.

Vale ressaltar que o digital commerce faturou R$ 112,19 bilhões em 2017, alta de 19,9% ante 2016, mais do que o dobro do mercado de e-commerce.

Análises dos Marketplaces

O modelo dos marketplaces aparece em franca expansão. O mercado de produtos novos e usados possuía um market share de 16,9% em 2016, aumentando para 22,9% no ano seguinte, crescimento nominal de 62,4%.

O momento não podia ser melhor, a crise econômica impulsionou a busca por alternativas baratas. Como o marketplace oferece um alto número de fornecedores e produtos, isso traduz em preços baixos e variedade para o consumidor.

Somado a isso, o crescimento de smartphones no país e a não necessidade de esforços e investimentos muito altos para o vendedor estruturar seu próprio e-commerce resultaram na expansão citada.

Análises do Mercado de Turismo

O mercado de turismo online teve o segundo maior crescimento nominal no comércio digital, 17,8% em relação a 2016. Sua participação no setor foi de 31,3%.

É importante destacar que esse crescimento aconteceu em um ano que o número de viajantes e de viagens internacionais (devido à desvalorização do real ) caíram.

Por outro lado, assistimos a um aumento de viagens curtas, dentro do país, com o aumento do uso de carros e ônibus como meios de transporte.

Cabe comentar que, assim como no e-commerce, os desktops ainda são a maioria dos dispositivos de compra, mas vêm perdendo espaço para smartphones e tablets.

Análises do Mercado de Ingressos

Por fim, o mercado de ingressos online aparece com receita de R$ 3,7 bilhões, crescimento nominal de 4,8% e participação de 3,3% de mercado.

Apesar dos dados modestos, o setor é promissor com eventos cada vez mais frequentes no país (Copa do Mundo, Olimpíadas, Rock in Rio, Lollapalooza, shows).

Uma grande barreira no setor é o preço da taxa de conveniência que segundo o Procon, pode chegar a 20% do valor do ingresso.

Conclusão

Portanto, fica evidente a alta do e-commerce brasileiro. Essa crescente é ainda mais expressiva nos casos do digital commerce e do m-commerce.

O momento de surfar essa onda é agora, montando sua nova loja virtual ou buscando melhorias para sua loja mais madura.

Uma alternativa é estruturar uma ótima estratégia de marketing digital com a ajuda da Pareto Group. Aqui estamos focados nas otimizações necessárias para trazer o melhor resultado para suas campanhas de marketing.

Outros insights poderosos para se estudar no seu negócio são as características do público alvo e o principal canal de venda. Se ficar mais interessado, leia também esse artigo sobre a Pesquisa dos Públicos por Rede Social no Brasil e no Mundo.

Tess AI
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